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Sobre o livro e filme Para Todos os Garotos que Já Amei

Livro: Para Todos os Garotos que Já Amei

Autora: Jenny Han

Ano: 2014

Sequência: “P.S: Ainda amo você” e “Agora e Para Sempre, Lara Jean”

 

Direção: Susan Johnson

Roteiro: Sofia Alvarez

Baseado em: Para Todos os Garotos que Já Amei

Elenco principal:

 

Lana Condor como Lara Jean Song Covey

Janel Parrish como Margot Song Covey

Anna Cathcart como Katherine “Kitty” Song Covey

Noah Centineo como Peter Kavinsky

Israel Broussard como Josh Sanderson

John Corbett como Dr. Dan Covey

 

Gênero: Comédia e romance

Cinematografia: Michael Fimognari

Edição: Phillip J. Bartell

Companhia(s) produtora(s): Overbrook Entertainment e Awesomeness Films

Distribuição: Netflix

Lançamento: 17 de agosto de 2018

Idioma: Inglês

 

Trailer:

 

 

 

Eu queria evitar spoilers, mas acho que para falar tudo o que eu desejo será impossível não comentar determinados momentos. De qualquer forma, tentarei o meu máximo para que os comentários feitos sejam, em sua maioria, referentes a momentos que não estraguem o decorrer da história para quem ainda não leu e/ou assistiu.

Devo começar dizendo que assiste o filme primeiro e depois li o livro. Eu tenho feito isso em alguns casos apenas para poder aproveitar o filme e não ficar pensando demais em coisas como “no livro não é assim”, o que eu faço com bastante constância.

Enfim, não adiantou muita coisa porque quando resolvi ler o livro, uns dias depois, eu logo notei as diferenças e acabei fazendo a mesma comparação.

Então eu resolvi falar um pouquinho dos dois para estrear a parte de Livros e Mangás do site com uma história que envolve, claro, uma garota com descendência asiática.

 

Sobre a escolha do elenco

Eu sou um pouquinho muito apaixonada pela Coréia e acho que eles são bem pouco explorados em livros e filmes por aí. Normalmente eles são estereotipados — sem contar o fato de que as pessoas veem asiáticos apenas como japonês-coreano-chinês e sabemos que não é bem assim — e fazem uma mísera ponta ou servem para piadas.

E não é à toa. De acordo com uma entrevista que a autora Jenny Han deu, ela conta que a maior dificuldade foi encontrar parceiros que aceitassem no elenco uma família sendo americano-asiática e a própria Lara Jean, essencialmente, sendo asiática.

Jenny Han comenta que “com atores asiático-americanos, especificamente, houveram poucas oportunidades para eles na televisão e em filmes, e poucos tem a habilidade de realmente fazer uma carreira disso.” E que falavam para ela que não era nomes famosos, na qual ela comenta que eles sequer tiveram a chance de estar em algo antes.

Como seria possível descobrir o potencial daqueles atores se só estavam interessados em escalar atores famosos para tentar atrair público?

Na entrevista é mencionado que no elenco de Asiáticos Podres de Rico, também houve um momento em que sugeriram trocar a atriz principal por uma atriz branca, ou seja, sem qualquer vínculo asiático. Jenny Han fala que o mesmo aconteceu com Para Todos os Garotos que Já Amei antes e comenta que o mais alarmante foi as pessoas não entenderem como isso era um problema.

 

Sobre o filme

 

Fonte: Netflix

 

Felizmente Lana Condor foi escalada para o papel de Lara Jean e, na minha opinião, fez um ótimo trabalho. Eu amei o quanto ela tem expressão e deixava algumas cenas fofas e outras engraçadas. Gostei do trabalho dela e da química que ela teve com o ator de Peter Kavinsky também.

De um modo geral eu achei o filme uma graça. Assisti alguns dias depois que foi lançado, mas tudo o que via nas mídias sociais era o quanto o pessoal havia gostado.

Acho que ele poderia ter sido até um pouquinho mais longo para aproveitar um pouco mais o momento, mas é filme né, não dá pra deixar nada maçante.

Agora, quanto ao livro…

Bom, podemos dizer que eu amei a história e o filme foi bastante fiel em determinadas partes, outras sofreram modificações provavelmente para deixar tudo mais dinâmico e rápido.

Alguns detalhes, no entanto, eu senti falta. Acho que o que mais eu senti falta no filme foi a relação da Lara Jean com o Josh. Eles tem muito mais conexão no livro do que é demonstrado no filme e muito mais cenas também.

Claro, depois que o Peter entra realmente em ação, a situação muda completamente e ele ganha mais ênfase exatamente como no filme.

 

Sobre o livro

 

Fonte: Intrinseca

Ah, o Peter… O que dizer desse personagem?

Eu gostei demais do Peter Kavinsky no filme, pois ele tinha doçura, um jeito descontraído e não tão metido, mas também um tanto sexy e carismático. Sei lá, acho que foi encantador. E, claro, eu achei que no livro fosse ser semelhante. Mas não foi.

O Peter K. do livro me deixou de cabelos em pé do começo ao fim. Eu não tive uma afinidade de cara com ele porque, ao contrário do filme — ressaltando que é a minha opinião — ele realmente não é todo esse carisma, embora seja bastante amigável.

Só que eu senti falta da parceria que foi mostrada no filme sabe? Sobre eles conversarem sobre qualquer coisa e uma amizade desenvolver dali. O Peter K. do livro tinha sim esses momentos maravilhosos com a Lara Jean, com a sua família, mas ele também tinha aqueles momentos esquisitos onde não podia em hipótese alguma deixar a ex-namorada, Genevive, de lado.

E eu entendo, claro, você sentia no Peter um típico adolescente, afinal é isso mesmo que ele era né? Mas eu meio que me irritei em alguns momentos entre o começo e o meio do livro. Dali pro final, porém, eu passei a gostar mais dele.

Ah! Outra coisa muito doida é que a Chris é um personagem completamente diferente do que eu imaginei, mas eu acho que gosto das duas. Quer dizer, a Chris do livro é um retrato muito mais fiel a vários adolescentes hoje em dia, enquanto a Chris do filme era mais “na dela” e servia mais como um apoio para Lara Jean.

Margot e Kitty também tem suas diferenças entre o filme e o livro, mas nada que eu ache super gritante. Acho que a Kitty é um pouco mais mimada e menos madura no livro, mas isso provavelmente se dá pela diferença de idade. No filme ela tem por volta dos 11 anos e no livro uns 9 anos.

 

Cultura coreana

A Lara Jean é um amor. Eu gostei de saber mais sobre sua mãe, como ela morreu e das coisas que ela gostava. Também gostei de saber que elas eram “as irmãs Song”, algo que é totalmente excluído do filme, tanto que ela é apenas chamada de Lara Jean Covey, ao invés de Lara Jean Song Covey.

No livro há uma ênfase muito maior da cultura coreana por motivos óbvios, então foi algo que me agradou bastante. Para quem conhece um pouquinho e gosta, foi gratificante reconhecer nomes de comidas, por exemplo.

 

Conclusão

Resumindo em poucas palavras: eu gostei muito tanto do filme quanto do livro.

É uma história leve e engraçada, mas com essa diferença de que as cartas são algo que, hoje em dia, quase não usamos mais. Elas ficaram esquecidas em meio a tanta tecnologia. Mas Lara Jean, com todo o seu amor pelos romances e necessidade de despejar em um pedaço de papel todo o seu sentimento, revive com simplicidade.

 

Fonte: Teen Vogue 

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